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Em nome do sobrenome


Família McCoy
Não tem pra como esconder. Sou fã assumido de westerns... Ou velho-oeste, para quem preferir. E quem é assim não pode deixar de assistir a minissérie Hatfields & McCoys. Só que não vou escrever esse texto para quem gosta, mas para incentivar outras pessoas a conferir a produção do canal History, dividida em três partes de aproximadamente duas horas cada.

Podemos começar por algo importante: as atuações. H&M garantiu indicações a Kevin Costner e Bill Paxton para melhor ator principal na última edição do Emmy. Kevin Costner levou a estatueta pela bela interpretação de "Devil Anse" Hattfield.

Aproveitando, uma contextualização. H&M conta a origem, desenvolvimento e desfecho de um dos maiores feudos familiares da história dos Estados Unidos. A briga, que durou de 1863 a 1891, gerou ataques e causou a morte de 12 pessoas, com direito a casa incendiada, assassinato em festa e paredão de fuzilamento. Tudo em "nome do sobrenome".

Família Hattfield
Devil Hanse é o patriarca da família Hattfield, enquanto Randolph "Randall" McCoy (Bill Paxton) é o nome maior dos McCoy. Antes companheiros na Guerra Civil Americana, eles se vêem divididos depois de desentendimentos  alguns banais, como um porco roubado, e outros nem tanto. A partir daí, o conceito de Justiça é moldado da forma como eles bem entenderem em um espaço de terra entre West Virginia e Kentucky.

O feudo se desenvolve com inúmeras reviravoltas de pequeno ou grande porte. Um dos pontos fortes da minissérie é que ao mesmo tempo em que os personagens parecem ir se acalmando, uma forte tensão vai surgindo. E, inevitavelmente, em um mundo em que as armas eram a verdadeira lei e ninguém levava desaforo para casa, precipitações liberavam o inferno além de levar os de mente fraca à loucura.

Roeanna e Johnse
Dentro disso, existe uma história de amor entre os filhos dos rivais: Roseanna McCoy (Lindsay Pulsipher) e Johnson "Johnse" Hatfield (Matt Barr). Por mais que possa soar clichê, essa história aconteceu de verdade, provando que o amor real nunca fugiu (ou fugirá) da pieguice. Esta união é o combustível para outros embates violentos.

Neste ponto, uma observação importante. Matt Bar conseguiu criar uma interpretação curiosa para Johnse. Idiota e tomado pela paixão, ele faz caras e bocas que podem parecer estranhas no começo, mas que vão se mostrando reais à confusão de um personagem de bom coração preso em uma realidade sangrenta.

Por último, a produção tem um tratamento de imagem interessante, com um tom de sépia vintage, dando um ar seco e amargo à história. Lembra um pouco o que é utilizado em boa parte da aclamada Band of Brothers, que será tema de um artigo aqui no futuro.

H&M também levou o Emmy de ator coadjuvante para Tom Berenger como Jim Vance, tio de Devil Hanse, melhor maquiagem e edição de camera no episódio 2. Além disso, houve indicações de Melhor Minissérie, Direção, Atriz Coadjuvante (Mare Winningham, como Sally McCoy), Roteiro (pelo episódio 2) e outras de questão técnica.

Eu sempre gosto de ir correndo para os Wikipedias da vida após assistir uma produção baseada em fatos reais da história. Se você também é assim, terá um prato cheio com  Hatfields & McCoys.
 

Um comentário:

  1. Pq Randall McCoy está mancando no primeiro episódio? E pq a esposa dele fala que só tem meio homem?

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